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Grandes Obras da Engenharia: Santuário de Santa Paulina

O Santuário de Santa Paulina, localizado no bairro de Vígolo, em Nova Trento, SC, é um ícone da arquitetura sacra contemporânea. O projeto, desenvolvido pelo escritório HS Arquitetos, apresenta uma releitura da arquitetura sacra tradicional, combinando composições geométricas e volumétricas para representar a simplicidade que permeou a vida da primeira santa brasileira.

Neste artigo, vamos explorar a solução construtiva utilizada no Santuário, em particular o uso de concreto protendido, que permitiu criar um espaço amplo e livre de interferências visuais para a nave principal e as capelas.

A cobertura do Santuário de Santa Paulina

A cobertura do Santuário de Santa Paulina é um elemento-chave na arquitetura do edifício. Modulada a cada 7,5 metros, com desenho que remete visualmente às tradicionais vestimentas de algumas ordens religiosas, a cobertura abriga a nave principal, capelas e área de apoio, além de definir os acessos ao santuário. A forma ascendente da cobertura tem como propósito estimular a meditação e a busca da espiritualidade, realçadas pela entrada de luz filtrada na parte mais alta. A iluminação e a ventilação naturais são obtidas através de uma faixa contínua no eixo central da cobertura, criando um ambiente repleto de luz que inspira a meditação e as preces.

Uso de concreto protendido na construção do Santuário

A solução construtiva do Santuário de Santa Paulina foi concebida para manter a nave e as capelas totalmente isentas de interferências visuais, o que exigiu a eliminação de pilares internos e a suavização da forma das vigas metálicas aparentes. A estrutura principal é composta de pilares de concreto moldado in loco, duas vigas de concreto protendido e estrutura metálica para apoio da cobertura. As vigas paralelas de concreto protendido, instaladas a 28 metros do piso, vencem vão livre de 56 metros, permitindo sustentar a cobertura e a torre central, representando a Santíssima Trindade, na entrada. Já as vigas metálicas aparentes, do tipo caixão, de apoio da cobertura, vencem vãos de 35 metros.

Escolha de materiais e integração com o entorno

Para integrar o ambiente de orações à natureza do entorno, os arquitetos optaram pelo envidraçamento das fachadas, proporcionando amplitude visual da mata atlântica no vale do rio Tijucas. A face principal recebeu vidros laminados do piso ao teto, com o objetivo de permitir a integração do espaço interno com o ambiente externo.

Ficha Técnica:
Arquitetos: HS Arquitetos
Área: 9616 m2
Ano: 2006
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