Ao iniciar um novo projeto estrutural, uma das primeiras
decisões que o Engenheiro Civil deve tomar é definir o tipo de fundação que
será usado.
As fundações são elementos estruturais que fazem parte de
qualquer edificação. Sua função primordial é receber as cargas verticais e
horizontais de toda estrutura e distribuí-las no terreno, garantindo estabilidade
e firmeza para que a edificação seja construída para durar.
Por isso, uma das etapas mais
importantes para o engenheiro é determinar qual o melhor tipo de fundação para
a edificação, já que existem vários pontos a serem analisados e que interferem
nessa escolha, como as características do solo onde a construção apoiará seu
peso, os tipos de materiais utilizados, os projetos complementares, e outros
detalhes.
O erro na escolha e execução da fundação pode levar a
problemas que vão deste pequenas trincas e rachaduras, até a grandes colapsos
na construção, que podem causar, além de prejuízos financeiros, risco a vida
das pessoas ao redor da obra.
Em suma, as fundações são o
alicerce de qualquer edificação e é a escolha do tipo de fundação que vai
determinar os próximos passos do seu projeto estrutural. Elas podem ser
classificadas como rasas ou profundas, diretas ou indiretas, categorias que
podem incluir ainda outros tipos de fundações.
Hoje, nós vamos te apresentar os principais
tipos de fundação rasa e como você pode escolher a melhor opção para seu
projeto! Vamos lá?
As fundações rasas, como o
próprio nome já diz, possuem menor profundidade, devendo atingir até 3 metros abaixo
do solo. São mais utilizadas em casas com até dois pavimentos e possuem
excelente custo-benefício.
O seu formato varia conforme cada
terreno, sendo escavadas de forma manual. É através da sua base, composta de
concreto e aço, que ela transmite as cargas para o solo.
Existem 4 tipos principais de
Fundação Rasa:
Sapata é um tipo de fundação rasa de concreto armado, com base em formato
retangular, que são dimensionadas para que as tensões de tração que atuam sobre
a fundação sejam resistidas pela armadura e não pelo concreto.
Existem
vários tipos de sapata, como:
É considerada um dos tipos de fundação mais simples e mais
usadas da construção civil. As suas cargas são suportadas através de um
único pilar ou coluna.
A sapata corrida é adequada para projetos de
casas, muros, reservatórios e piscinas. É constituída em concreto armado e
assemelha-se à viga baldrame por ficar abaixo das paredes, diferindo apenas em
altura e largura.
Nesse tipo de sapata, as cargas são suportadas através
de vários pilares ou colunas. São muito utilizadas quando a posição de duas
sapatas isoladas está muito próxima uma da outra, seja por falta de espaço ou
por opção estrutural.
A viga baldrame é uma fundação rasa de apoio, feita de concreto armado em formado retangular. Se localiza abaixo do solo, e vai acompanhando o comprimento e localização das paredes, se conectando com as sapatas isoladas para a distribuição dos pesos. Também auxilia um melhor travamento das colunas ou pilares da construção.
Fundação rasa, de concreto armado ou protendido, que se assemelha a uma placa ou laje e abrange toda a área da construção, se localizando abaixo do imóvel e distribuindo as cargas uniformemente sobre o solo.
É a escolha ideal para solos com baixa resistência, além de ser considerada uma das opções mais barata.
Esse tipo de
fundação consiste em blocos de concreto sem armadura com bases geralmente
quadradas ou retangulares que funcionam com o mesmo princípio das sapatas: a
área de contato com o solo superficial é responsável por absorver todas as
tensões oriundas da edificação.
Geralmente, são
utilizadas em obras de pequeno e médio porte, e não precisa de armadura, pois
as tensões atuantes são resistidas pelo concreto devido às dimensões do
bloco.